Adoção de Bitcoin como reserva estratégica pelos EUA pode ter impacto global e criar uma competição entre países
A possível adoção de uma Reserva Estratégica de Bitcoin pelos Estados Unidos pode desencadear uma corrida mundial para acumular a criptomoeda, de acordo com Simon Georvich, CEO da Metaplanet. O impacto dessa decisão poderia ser amplificado pela enorme influência econômica e política dos EUA, colocando o Bitcoin no centro das atenções internacionais.
Georvich acredita que a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin pelos EUA geraria um "efeito dominó global", ativando a "teoria dos jogos" no cenário internacional. Nesse contexto, países competiriam pela aquisição de Bitcoin, temendo custos mais elevados no futuro e possíveis desvantagens econômicas e estratégicas. Segundo ele, os países pioneiros nessa corrida estariam em posição vantajosa, enquanto os que demorarem a reagir poderão enfrentar preços mais altos e desafios para garantir sua participação no mercado.
Ate onde pode chegar o ‘efeito dominó’ do Bitcoin?
A ideia de uma Reserva Estratégica de Bitcoin não é nova, mas ganhou relevância com o aumento do uso institucional da criptomoeda e a incerteza econômica global. Analistas sugerem que o Bitcoin pode ser um “ouro digital”, funcionando como uma proteção contra a inflação e a instabilidade econômica. Para os EUA, adotar o Bitcoin como reserva estratégica pode fortalecer sua posição como líder em tecnologia financeira, mas também traz riscos devido à volatilidade do ativo.
Exemplos de países adotando Bitcoin
El Salvador foi o primeiro a adotar o Bitcoin como moeda de curso legal em 2021, atraindo grande atenção internacional. A Suíça, embora não tenha adotado o Bitcoin como moeda oficial, se tornou um importante hub para criptomoedas, com a cidade de Zug, conhecida como "Crypto Valley", sendo um centro global de inovação. Outros países, como o Japão, têm regulamentações claras para o uso de criptomoedas, e a República Centro-Africana (RCA) seguiu El Salvador, adotando o Bitcoin como moeda legal em 2022.
Além disso, países como Brasil, Rússia e Polônia estão explorando ou demonstrando interesse na adoção do Bitcoin, o que sinaliza uma tendência crescente que pode culminar em uma corrida mundial para acumular a criptomoeda.
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